quinta-feira, 10 de março de 2011

EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Escolas municipais oferecem alfabetização em Braille
Secretaria de Educação investe em atendimento educacional especializado para alunos com deficiência visual


Estudantes com deficiência visual que freqüentam escolas regulares da rede municipal de ensino de Hortolândia são alfabetizadas por meio do sistema Braile, um alfabeto convencional cujos caracteres são identificados por meio de relevo que a pessoa sem visão distingue pelo tato. Para oferecer o serviço especializado, a Secretaria Municipal de Educação equipou todas as unidades de ensino com material pedagógico em Braille, além de treinar os professores para ensinar a ler, escrever e operações matemáticas por meio da ferramenta pedagógica inclusiva.

Há seis anos, a Prefeitura investe no Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos com deficiência visual, cegueira e visão subnormal. Para isso, todas as escolas do Ensino Fundamental e Educação Infantil receberam o kit escolar para o deficiente visual. Segundo o gerente de Ensino Fundamental, Tiago Ramos, a escola tem a função pedagógica de alfabetizar em Braille.

“Só assim estaremos desenvolvendo a autonomia social e cultural dessa criança e para que ela possa freqüentar outros espaços públicos, como por exemplo a biblioteca municipal, que acabou de receber 300 títulos de leitura em Braille”, enfatizou Ramos.

O kit Braille é composto por 19 itens, entre eles, alfabeto Braille, alfabeto Braille vazado, blocos lógicos Braille, alfabeto silábico Braille, dominó alto relevo Braille, número e quantidade Braille, material dourado, lousa magnética, kit baixa visão, estojo Braille, sólido geométrico em Braille, números e sinais Braille e loto leitura Braille.

Os materiais são para uso diário em sala de aula e auxiliam os alunos no processo de alfabetização, leitura, produção de textos e na matemática. “Hoje a rede de Educação possui 11 alunos que necessitam desse trabalho”, explicou Ramos.

A estudante Suellen Cristina da Silva Teixeira, de 9 anos, é uma das crianças da redemunicipal de ensino que recebem alfabetização em Braille. Ela estuda na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Tarsila do Amaral, no Jardim Amanda.

Na sala de aula, a professora do ensino regular tem o suporte de um especialista em educação especial para ajudar Suellen nas atividades pedagógicas. Fora da sala de aula, a menina participa de oficinas realizadas na sala multifuncional implantada pela Prefeitura e recebe acompanhamento no CIER (Centro Integrado de Educação e Reabilitação).

“Esses recursos são muito importantes para a aprendizagem dessas crianças. Sem o material em Braille, as crianças cegas ouvem a aula, mas não há uma aprendizagem efetiva”, explicou a especialista em Educação Especial, Kelly Harumi Lírio Tamashiro, durante atividade de capacitação de professores.

SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
Desde o ano passado, a Secretaria de Educação disponibiliza 13 salas de Recursos Multifuncionais, uma parceria com a Secretaria de Educação Especial (Seesp) do Governo Federal, que implementa a Política Nacional de Educação Especial.

O público-alvo de atendimento são os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.

Para auxiliar o trabalho dos professores nas escolas, especialistas acompanham os alunos e ofereceram sugestões de atividades que auxiliam no treino dos sentidos para alunos com deficiência visual. Também orientam sobre materiais que podem ser confeccionados com sucatas, com utilidade na alfabetização, além de exemplos de atividades que contribuam para a locomoção desses alunos no ambiente escolar.

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